terça-feira, 27 de novembro de 2012

PERDA RAPIDA DE PESO


Em competições de lutas, é muito frequente a utilização de alguns métodos para a perda rápida de peso em atletas. Normalmente para a execução da pesagem classificatória que geralmente é realizada 24 horas antes da competição. Esta perda de peso é feita na fase de pré-competitiva onde os atletas fazem restrição alimentar e perda de líquidos, assim ficando um período de tempo sem ingerir líquidos. Treina em lugares fechados, quentes, com vestes de borracha, ocasionando uma hiperliberação de suor, até mesmo através da ingestão de laxantes, diuréticos ou indução a vômitos, assim tendo eliminação de líquidos, em contra partida fazendo estas restrições, ha um grande índice de problemas intestinais e renais, pode-se dizer também que o gasto de energia será maior, do que o atleta poderá consumir.
Com dietas radicais a uma redução de até 10% de massa calórica sendo assim prejudicial à saúde sem contar as alterações psicológicas como fadiga mental, raiva, isolamento entre outros.

Desidratação
            Refere-se a um desequilíbrio na dinâmica dos líquidos quando a ingestão hídrica não consegue repor a perda de água. A desidratação afeta o desempenho aeróbico, diminui o volume de ejeção ventricular pela redução no volume sanguíneo e aumenta a frequência cardíaca.

Efeitos da desidratação
            Aumenta a temperatura central, diminui a sudorese que leva a fadiga. Os efeitos podem ser leves ou graves como até mesmo a morte.
De leve a moderada.
 

CAPOEIRA


CAPOEIRA ANGOLA

Mestre Pastinha.
Mestre Pastinha descende de pai espanhol e mãe baiana, foi batizado em 1889 com o nome de Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, na cidade de Salvador-Ba. Conta-se que o princípio de sua vida na roda de capoeiragem aconteceu quando tinha 8 anos , sendo seu mestre o africano Benedito, o que ao vê-lo apanhar de um garoto mais velho, resolveu ensinar-lhe as mandingas, negaças, golpes,guardas e malícias da Angola. O resultado veio logo aparecer .
Vicente Pastinha, foi filmado ,fotografado , entrevistado , gravou disco e deixou um livro , a capoeira nunca mais poderá esquece-lo, o guardião da capoeira d'Angola. Foi lá na casa 19, no largo do Pelourinho, que funcionava a sua academia , o Centro Esportivo de Capoeira Angola fundada em 1941.
Mestre Pastinha nasceu no dia 05 de abril de 1889 e faleceu no dia 13 de novembro de 1981.

Angola.
Capoeira de Angola ou somente Angoala é o estilo de capoeira mais próximo de como os negros escravos jogavam a capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, como em cima, ela enfatiza as tradições da capoeira, que em sua raiz está ligada aos rituais afro-brasileiro, caracterizados pelo candomblé. Sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada e o correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de oito instrumentos, chamada de bateria de Angola.
É uma manifestação da cultura popular brasileira onde coexistem aspectos normalmente compreendidos de forma segmentada pela cultura que se fez oficial, como o jogo, a dança, a mímica, a luta e a ancestralidade, unidos de forma coesa, simples e sintética. Possui suas origens em elementos da cultura de várias matizes de povos africanos que foram escravizados e mantidos em cativeiro no Brasil no século XIX, sincretizados com elementos de culturas nativas (povos indígenas) e de origem européia.


CAPOEIRA REGIONAL
Mestre Bimba
De 1890 a 1937, a Capoeira foi um crime previsto pelo Código penal da República. Simples exercícios na rua devem até seis meses de prisão. Nesse Ambiente hostil, as escolas de capoeira sobreviveram clandestinamente nos subúrbios.
Foi para reverter esse quadro que o baiano Manoel dos Reis Machado, um angoleiro forte e valente conhecido como Mestre Bimba inventou uma nova capoeira.
Teve o cuidado de tirar a palavra do nome da academia que fundou em 1932 em Salvador, o Centro de Cultura Física e Regional. Filho de um campeão de batuque uma espécie de luta-livre comum na Bahia do século XIX, juntou a técnica do boxe e do jiu-jitsu e criou um método de ensino.


Regional
Para fugir de qualquer pista que lembrasse a origem marginalizada da capoeira, mudou alguns movimentos, eliminou a malícia da postura do capoeirista, colocando-o em pé, criou um código de ética rígido, que exigia até higiene, estabeleceu um uniforme branco e se meteu até na vida dos alunos.
Ao perceber que a capoeira estava perdendo seu valor cultural e enfraquecendo enquanto luta, Mestre Bimba misturou elementos da Capoeira Tradicional com o batuque (luta do Nordeste Brasileiro extinta com o passar do tempo) criando assim um novo estilo de luta com praticidade na vida, com movimentos mais rápidos e acompanhada de música. Assim conquistou todas as classes da sociedade. Foi um eximio lutador e acima de tudo um grande educador, foi o responsavel por tirar a capoeira da marginalidade. Praticantes dessa arte se denominam "capoeira", pois, para eles, a capoeira é um estilo de vida - ser, pensar, agir como um capoeira.

AULA
Golpes
Ginga: é o movimento básico da capoeira. Consiste num movimento repetitivo de colocar a mão direita para frente e a perna direita para trás, e em seguida fazer o mesmo com o lado esquerdo do corpo, sincronizando o movimento com o ritmo do berimbau. A partir deste movimento básico, se desferem todos os demais golpes da capoeira.

Armada: a armada aplica-se estando em pé. Através de um movimento de rotação, um pé fica firme ao chão enquanto o outro sobe varrendo a horizontal atingindo o adversário com a parte externa do pé.


Martelo: estando em pé, a perna de trás sobe lateralmente, flexionada depois estende-se para atingir o adversário. Também pode ser aplicado com uma mão apoiando-se no chão, onde a mão que vai ao chão é a oposta à perna que aplica o golpe.


Chibata: estando na posição de início ou término do aú, o aplicante bate com o pé que está no alto, batendo com o peito do pé e girando para voltar à base de ginga.


Meia-lua: é o chute com a canela, em que o corpo dá um giro de 360 graus por trás.


Meia lua de compasso: também conhecida por rabo-de-arraia, sendo a meia-lua de compasso uma variação do golpe rabo-de-arraia que vem da capoeira de Angola. Ficando de lado, agacha-se sobre a perna da frente, estendendo a perna de trás. Faz-se um movimento de rotação varrendo a horizontal com a perna de trás esticada, apoiando-se na perna da frente, terminando em posição de ginga. O corpo do aplicante fica rente à perna da frente sobre a qual ele está agachado. O aplicante pode colocar as duas mãos ao chão para aumentar a sua segurança, ou apenas uma ou nenhuma mão.


Queixada: golpe circular com a parte externa do pé.

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Queixada ou queixada de costas: aplica-se em pé, estando em base de uma perna e estendendo a outra contra o oponente em forma de giro, de dentro para fora. A parte que atinge o adversário é a parte lateral externa do pé.

Rabo-de-arraia: golpe semelhante à meia-lua de compasso, porém no estilo da capoeira de Angola. Tecnicamente são o mesmo golpe, sendo um, uma variação do outro.




Bênção: estando em base de ginga, atinge-se o adversário com perna de trás, usando a planta dos pés. Assim, o aplicante empurra o adversário.


Tesoura: envolve o adversário com as pernas e depois gira o corpo para desequilibrá-lo. A mesma pode ser aplicada no chão por trás ou pela frente. Também pode ser aplicada no alto, salta-se antes de aplicar a mesma, que também pode ser pela frente ou por trás.



Aú: é o movimento de deslocamento também conhecido como "estrela". Serve como esquiva contra golpes de rasteira.


Rasteira: golpe desequilibrante aplicado com o pé varrendo a perna de apoio do adversário.
Cocórinha: é uma É uma esquiva na qual o praticante se abaixa de frente para oadversário, com os braços protegendo o rosto, não sendo admitido quenenhuma das mãos vá ao chão. O apoio do corpo deverá ser apenassobre os dois pés, podendo estar estes sobre as pontas ou não.



HISTÓRIA DO KARATE


HISTÓRIA DO KARATE

Karate é uma palavra japonesa que significa “mãos vazias” (kara = vazio, te = mãos) e nomeia uma arte marcial que faz eficaz uso de todas as partes do corpo para fins de auto-defesa (Oliveira et al. 2006).
Acredita-se que o karate apresentou uma formação cultural baseada no desenvolvimento dos sistemas de defesa pessoal e evolução interior, característicos de Okinawa (ilha ao sul do Japão) em seus primórdios (século XVIII) e do Japão, a partir do início do século XX (Frosi, 2011 e Urban, 1991).



Várias formas de combates desarmados eram praticadas na Índia, na China, em Okinawa (Lubes, 1991). Nesta ilha, as lutas desarmadas foram desenvolvidas em segredo durante muito tempo, devido à influência dos fidalgos japoneses que conquistaram a região, proibindo os seus súditos de carregarem armas (Oliveira et al. 2006). A proibição obrigou os súditos a praticar formas de combate sem  armas, em segredo, originando diferentes escolas e estilos da arte karate-dô.




ESTILOS DO KARATE

Na Okinawa do século XVIII, desenvolveram-se três centros importantes de estudos do Karate. Um deles ficava situado na antiga capital de Shuri, onde viviam os nobres e a família real. Outro foi formado em Naha, o principal porto da ilha. O terceiro em Tomari. Cada uma destas cidades desenvolveu eventualmente seu próprio estilo. As diferenças entre os estilos são baseados nos locais de origem.

Saudação

RITSU REI – cumprimento em pé;
A saudação pode ser considerada uma demonstração de cortesia. É realizada no início e no final da aula de frente para o Shomen (forma de agradecimento àqueles que desenvolveram a arte). A saudação pode ser realizada de duas formas:
  
ZAREI – cumprimento sentado (SEIZA).


Fundamentos (kihon)
A prática do Kihon constitui o treinamento dos fundamentos, de acordo com as técnicas básicas fundamentais de cada estilo (Santos, 2008).
Para melhor compreensão, os fundamentos (kihon) foram divididos em três grandes grupos: técnicas de ataque (tori waza), técnicas de defesa (uke waza) e técnicas de base (dachi waza) e listados conforme classificação de Kanazawa (2010). Apesar de existirem variadas técnicas de kihon, serão apresentados aqui as técnicas mais freqüentes e populares utilizadas em competição.


As formas (kata)
Kata pode ser definido como uma série de 
técnicas ofensivas e defensivas, realizada individualmente contra vários adversários imaginários (Kanazawa, 2010), simulando movimentos formais e estilizados, executados numa sequência pré-determinada de ataques e defesas (Nakayama, 2003).
As técnicas que compõe o Kata foram passadas de geração em geração, de professor para aluno, sendo considerada a principal forma de manutenção das
radições do Karate.


 
A Luta (kumite)
O kumite pode ser definido como a luta propriamente dita. Pode ser considerado um método de treinamento em que se aplicam técnicas de ataque e defesa aprendidas anteriormente no kata (forma) e kihon (fundamentos) (Nakayama, 2003).
Para a classificação, Nakayama (2003) sugere que seriam três formas de kumite: básico, jiyu ippon kumite e jiyu kumite.
Além da classificação sugerida por Nakayama (2003) ainda existe o shiai kumite (luta de competição). As regras dependem da Entidade Esportiva que rege o evento.
Por sua característica acíclica, o karate pode ser considerado modalidade esportiva intermitente. Esportes intermitentes, caso do karate, necessitam de contribuições do metabolismo anaeróbio, uma vez que normalmente demandam movimentos de potência elevada (Franchini, 2010).



Iniciação desportiva
Apesar da conceituação do karate percorrer os contextos de arte marcial, lutas e esporte de combate, as sugestões de prática pedagógica serão aqui realizadas em conformidade com o conceito de esporte de combate.
O modelo aqui apresentado foi proposto inicialmente pela Federação Canadense de Karate no projeto “Karate Canada’s long term athlete developmentmodel” (Bisson et al., 2009). Este projeto utiliza a classificação de oito estágios para o desenvolvimento do atleta e/ou praticante com referência especial à maturação, crescimento, desenvolvimento e treinamento esportivo do Karate.
O sistema de graduação (classificação de faixas em kyus e dans) permite a apropriação de conhecimento de forma gradual. No entanto, o sistema de ordenamento de faixas pode estar relacionado à aquisição de técnicas e habilidades e não necessariamente aos conceitos de desenvolvimento humano.

O ideal seria que os técnicos e professores assegurassem que as crianças aprendam corretamente as habilidades motoras fundamentais e que essas competências sejam relacionadas posteriormente às habilidades esportivas do karate.

As preocupações com o processo de iniciação desportiva devem estar relacionados à idade e ao nível de desenvolvimento da criança e do jovem, assim como as perspectivas de desenvolvimento a longo prazo (Silva et al., 2001).

A proposta metodológica para o ensino do karate respeitaria oito estágios: (1) karate inicial, (2) karate fundamental, (3) aprender para treinar, (4) treinar para treinar, (5) treinar para competir, (6) treinar para obtenção de resultado, (7) treinar para vencer e (8) karate para a vida.

Estágios de treinamento conforme idade cronológica e de desenvolvimento.

Idade Masculino (idade/anos) Feminino (idade/anos)

Karate Inicial Cronológica < 6 < 6

Karate Fundamental Cronológica 6 a 9 6 a 9

Aprender para treinar Cronol. e desen. 9 a 12 8 a 12

Treinar para formar Cronológica 12 a 16 11 a 15

Treinar para competir Cron. e desen. 16 a 18 15 a 17

Treinar para performance Cronológica ±18-24 ±17-22

Treinar para vencer Cronológica Kumite 24± Kata 27± Kumite 22± Kata 26±

Karate para a vida Cronológica Início a qualquer idade Início a qualquer idade.




OBRIGADO !